Pelo 11º ano consecutivo, os
times e jogadores do Brasileirão não estão licenciados no FIFA/EAFC. Ao
contrário do que muitos pensam, a culpa não é da EA Sports. Vamos entender
melhor as razões por trás disso.
1- A Lei Pelé
A Lei Pelé é uma norma que
estabelece que os direitos de imagem dos jogadores do Brasileirão são
responsabilidade de cada atleta individualmente. Isso significa que, se a EA
(ou qualquer outra empresa) quiser incluir os jogadores do Brasileirão no jogo,
precisa negociar os direitos de imagem com cada jogador, um por um.
2- Já na Europa
Na Europa, os direitos de imagem
dos jogadores são geridos pela FIFPRO, um sindicato de atletas que representa
mais de 66 países, tanto dentro quanto fora da Europa. O Brasil não faz parte
desse grupo e não possui uma versão própria da instituição. Portanto, para a EA
(ou qualquer outra empresa) licenciar jogadores de um país coberto pela FIFPRO,
basta negociar com o sindicato, simplificando o processo.
3- A situação piorou
A situação se agravou após a
Konami fechar contratos de exclusividade com a Liga Brasileira e alguns times
importantes, como Flamengo e Corinthians, incluindo seus respectivos jogadores.
A expectativa é que a liga não retorne ao game enquanto a legislação brasileira
não mudar e/ou surgir uma instituição que reúna todos os direitos de imagem em
uma única licença (ou pelo menos em um número significativamente menor do que
os atuais 675 jogadores).
Entender essas questões ajuda a
esclarecer por que o Brasileirão está ausente no EAFC 25 e quais são os
obstáculos que precisam ser superados para que possamos ver nossos times e
jogadores favoritos no jogo novamente.
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